O primeiro mês do ano fechou com saldo positivo para o setor de caminhões. Dados da Fenabrave, Federação dos Distribuidores de Veículos Automotores, mostram que em janeiro foram emplacadas 6.932 unidades, o que representa avanço de 50,93% sobre as 4.593 vendidas em igual período do ano passado.
Com os bons resultados do mês, a entidade permanece com a projeção de 15,4% de aumento no volume de emplacamentos para o acumulado de 2019.
“Como este é um tipo de produto atrelado ao desempenho do PIB, que deverá crescer de 2,3% a 2,5% neste ano, a expectativa é que a demanda por estes veículos se eleve também”, comenta Sérgio Zonta, vice-presidente da entidade. A grande expectativa está relacionada ao maior índice de confiança do frotista e, consequentemente, aumento da capacidade produtiva.
“Esses fatores contribuem significativamente para a retomada dos níveis de emprego no setor e contribuem para um bom cenário”, diz Zonta.
Outro motivo que vem impulsionando este setor é o interesse de frotistas por investir em frota própria.
Depois da greve dos caminhoneiros ocorrida em maio de 2018, houve o acréscimo na tabela de frete gerando mais custos às empresas que têm o costume de solicitar serviços a motoristas autônomos. “Estas transportadoras não querem depender do tabelamento e investir em novos veículos tornou-se uma saída.”
CDC mais atrativo
A redução do índice de inadimplência tem contribuído, também, para as vendas de caminhões porque gera mais acesso ao crédito.
De acordo com informações da Fenabrave, o índice era de 3,36% para pessoa física em novembro de 2018 e caiu para 3,34% no mês seguinte. Para pessoa jurídica passou de 1,17% para 1,13%. “Isso pode parecer pouco, mas representa R$ 34 milhões para pessoa física e R$ 16 milhões para pessoa jurídica. O índice vem caindo mês a mês desde o ano passado e a tendência é que reduza ainda mais”, diz Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave.

Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave
A venda por financiamento também tem sido estimulada pelo CDC (Crédito Direto ao Consumidor) devido à sua taxa de juros fixa mensal e que está mais baixa do que a do Finame. “Até alguns anos atrás 80% dos financiamentos eram feitos por Finame e, hoje, esse volume caiu muito”, comenta Assumpção. No mix destas duas linhas, CDC representa 50% e Finame 50%. “A tendência é que o CDC ultrapasse o Finame ainda este ano.”
Colaborou: Aline Feltrin
alinefeltrin@transportabrasil.com.br
Os modelos mais vendidos de janeiro de 2019
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