Segmento de pesados é considerado mais drástico pela Anfavea, que já fala em “um ano de sete meses”
Segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a produção nacional de veículos recuou 14,9% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Conforme o balanço, no mês passado, foram montadas 215.145 unidades de carros, comerciais leves, ônibus e caminhões. Houve uma melhora de 17,8% em relação a junho, quando foram fabricadas apenas 182.710.
Conforme Luiz Moan, presidente da Anfavea, mais empresas deram férias coletivas em junho, o que distorceu a comparação mensal.
O acumulado de janeiro a julho contabiliza 1,49 milhão de unidades, ante 1,81 milhão no mesmo período de 2014 – uma baixa de 18,1%. A produção dos primeiros sete meses do ano é a menor desde 2006. A entidade acredita que no segundo trimestre de 2016 haja uma retomada no segmento.
Foram licenciados 227,6 mil veículos em julho, o que representa uma alta de 7,1% em relação ao mês imediatamente anterior e uma queda de 22,8% ante julho do ano passado. No período de sete meses, o número de vendas é o pior desde 2007, com 1,54 milhão de unidades.
Os setores de veículos pesados é considerado mais drástico pela Anfavea. A queda no setor de caminhões, até julho, foi de 45%, enquanto a produção de ônibus declinou 28,9%. A entidade já fala em um “ano de sete meses” para o desempenho deste segmento.
A venda de veículos montados para outros países cresceu 10,7% nos sete primeiros meses do ano, em relação a 2014. Foram exportadas 225,3 mil unidades de carros, caminhões e ônibus.
Os carros se acumulam nos pátios das montadoras e nas concessionárias. No final de julho, constavam 344 mil veículos.
As expectativas para o fechamento do ano continuam sendo queda de 17,8% na produção e de 20,6% nos licenciamentos até dezembro. Ainda de acordo com as estimativas para 2015, as exportações devem subir 1,1% em relação a 2014.
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