Combustível com 50% de querosene biossintético será utilizado durante seis meses em um Airbus A321 que operará na rota Hamburgo-Frankfurt-Hamburgo (Alemanha)
A Lufthansa passará a operar a partir de abril do próximo ano um Airbus A321 na rota regular Hamburgo-Frankfurt-Hamburgo (Alemanha) durante seis meses. Neste voo a companhia utilizará uma mistura de combustível com 50% de querosene biossintético em um dos motores.
A finalidade do projeto é a realização de um teste de longo prazo, para analisar detalhadamente os efeitos dos biocombustíveis sobre a manutenção e durabilidade dos reatores das aeronaves. Durante o semestre de avaliação, deixarão de serem emitidas cerca de 1.500 toneladas de CO2.
“Com isso, a Lufthansa será a primeira empresa aérea do mundo a utilizar biocombustível no transporte aéreo em um teste de longo prazo. É a continuidade da já comprovada estratégia de sustentabilidade que a Lufthansa implementou e que segue há anos”, afirma Wolfgang Mayrhuber, presidente da Lufthansa.
Estima-se que, ao todo, os custos de realização do projeto são estimados em aproximadamente € 6,6 milhões.
“Sabemos que temos que ser cuidadosos ao nos aproximar do assunto biocombustível. Enxergamos as possibilidades destes combustíveis e levamos a sério a discussão em torno das matérias-primas utilizadas. Mas antes queremos adquirir experiência com o uso do biocombustível na prática diária. Com isso, estaremos realizando um trabalho pioneiro, pois até então nenhuma empresa aérea operou uma turbina de avião com biocombustível no longo prazo”, explica o presidente.
O querosene biossintético utilizado pela Lufthansa é produzido com base em biomassa pura (BTL, Biomass to Liquid). A fabricante do combustível é a Neste Oil, uma empresa finlandesa produtora de óleo mineral.
“Nosso combustível é sustentável. E é fato consumado que nenhuma floresta tropical será desmatada a fim de produzir biocombustível para a Lufthansa. Estamos atentos aos procedimentos sustentáveis de fornecimento e produção na obtenção dos combustíveis e nossos fornecedores licenciados têm de comprovar a sustentabilidade de seus procedimentos”, conclui Mayrhuber.
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