"A situação global do setor de transporte aéreo é desastrosa," disse Bisignani, a representantes da câmara setorial que agrupa as linhas aéreas que operam na Argentina
O diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), Giovanni Bisignani, afirmou, ontem, em Buenos Aires, que a situação da aviação mundial é “desastrosa” em função da crise econômica mundial e que as receitas das companhias aéreas deverão ter uma redução de 15% este ano.
“A situação global do setor de transporte aéreo é desastrosa,” disse Bisignani, a representantes da câmara setorial que agrupa as linhas aéreas que operam na Argentina. Segundo ele, as receitas do setor de aviação mundial cairão para US$ 448 bilhões, 15% a menos que os US$ 528 bilhões alcançados em 2008.
“A situação atual do setor é muito mais grave que a vivida depois do atentado de 11 de setembro de 2001, quando as receitas do setor caíram 7%”, avaliou o diretor da Iata. “Nossa indústria nunca enfrentou um desafio financeiro de tal magnitude.” Segundo Bisignani, as companhias aéreas perderam US$ 10,4 bilhões em 2008 e perderão outros US$ 9 bilhões este ano.
Levantamento da Iata apontou, em junho, uma redução da demanda mundial de passagens na ordem de 7,2%, em comparação com o mesmo mês de 2008, embora a queda no acumulado de 12 meses tenha sido de 9,3%, em maio. “É provável que tenhamos chegado ao fundo do poço em termos de demanda. É fundamental conservar a liquidez, reduzir os custos e tramitar adequadamente a capacidade”, disse Bisignani. Para ele, os resultados das empresas latino-americanas foram melhores que os da média do mercado, com queda na demanda de 4,7% em junho.
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